Arcelor comemora queda no preço do minério

14 de julho de 2014

A queda do preço do minério de ferro neste ano prejudica as receitas da mineradoras, mas, por outro lado, é positiva para quem utiliza a matéria-prima, como é ocaso da ArcelorMittal Tubarão, subsidiária brasileira da ArcelorMittal. Em entrevista ao ValorPRO, serviço de tempo real do Valor, o presidente da empresa, Benjamin Baptista, diz que a siderúrgica compra a commodity a preços do mercado e, assim, vem conseguindo uma melhoria dos seus custos e ganho de competitividade.

Ontem, o minério de ferro foi negociado a US$ 96,60 por tonelada no mercado à vista da China, 22% abaixo do preço de um ano atrás. Neste ano, a commodity acumula queda de 28% e analistas do setor esperam que o preço continue próximo do nível atual.

‘Isso nos ajuda a enfrentar a competição do mercado. Para nós, é positivo. No caso das empresas integradas, com certeza essa queda do preço da matéria-prima significa uma situação pior’, afirmou Baptista. Empresas como CSN, Usiminas e Gerdau, que são grandes produtoras de minério de ferro, além da atividade de siderurgia, sofrem uma redução de suas receitas com a venda da commodity, assim como é o caso das mineradoras, como a Vale.

Benjamin diz que o preço mais baixo do minério melhora a competitividade da Arcelor Tubarão internamente e fora do país. No mercado brasileiro, as vendas de aços planos estão fracas neste ano. Dados recentes do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), mostram que em maio as vendas somaram 358,5 mil toneladas, queda de 0,4% em um ano. Para junho, o Inda projeta retração de 12% na comparação com maio.

No exterior, Baptista vê melhores chances de competir com russos no mercado global de placas, por exemplo. ‘Chegamos mais perto dos russos e ucranianos, que têm minério e carvão. E com o aumento da escala de Tubarão, ficamos com melhor perspectiva’, diz. A companhia decidiu religar neste mês o alto-forno número 3, em Serra (ES). Com capacidade para produzir anualmente 2,8 milhões de toneladas de aço bruto, a instalação foi paralisada para reparo em novembro de 2012 e continuou parada devido às condições adversas da demanda global de aço. (VE)

Fonte: Portos e Navios
Seção: Mineração
Publicação: 14/07/2014

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