Entrevista (pré-eleições) com Jorge Gerdau: ‘O processo democrático é ganhar e perder e aceitar o resultado’ – 31/10/2022.

31 de outubro de 2022

O megaempresário Jorge Gerdau Johannpeter despontou em eventos recentes na cena gaúcha. Gerdau defendeu no dia 25, na Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), prioridade à reforma tributária, e, na quinta-feira (27), na inauguração do posto do Tudo Fácil em um dos shopping centers do grupo Zaffari, falou à coluna Minuto varejo sobre o Brasil que espera após o segundo turno:

“O importante é que, seja quem for o perdedor, respeite o resultado”. E a razão é simples, na visão do fundador do Movimento Brasil Competitivo (MBC): “O processo democrático é ganhar e perder e aceitar o resultado”.

Sobre o que espera dos próximos governos – Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula da Silva, na esfera federal, e Eduardo Leite ou Onyx Lorenzoni, na cena estadual -, nas ações de modernização do Estado em que atua há décadas, Gerdau deixa claro: “Meu compromisso é com o Brasil, com um candidato ou com outro”.

Em relação ao modelo que une Estado (com seus serviços) e empreendimentos (que cedem espaço e ganham com o fluxo gerado pelo Tudo Fácil), o megaempresário define a parceria como um “ganha ganha impressionante”. “Diria que é quase milagroso.”

A seguir, mais opiniões de Gerdau sobre as eleições:

Minuto Varejo – Que Brasil o senhor espera após o domingo?

Jorge Gerdau – O importante é manter uma visão de estrutura absolutamente democrática. Nos últimos dias e semanas, tem havido uma situação um pouco inconstante. Vamos ver se superamos isso, para que, após a eleição, se possa trabalhar junto e construir.

MV – Como será a condução da economia no próximo governo, seja com Lula ou Bolsonaro?   

Gerdau – O presidente Lula tem um passado de atuar com vários colaboradores do setor privado. Se isso vai se repetir ou não, é uma incógnita. Por outro lado, a estrutura que Bolsonaro criou com o ministro Guedes é uma evolução importante na gestão a partir do Movimento Custo Brasil. Diria que seja quem ganhe, o importante é termos o propósito de melhoria das condições do país, da sociedade e dos mais necessitados como absoluta prioridade.

MV – O que o senhor espera que o perdedor faça?

Gerdau – O importante é que, seja quem for o perdedor, respeite o resultado. O processo democrático é ganhar e perder e aceitar o resultado.

MV – Como o senhor vê a disputa ao governo estadual?

Gerdau – Está bastante indefinida. No primeiro turno, o Onyx (Lorenzoni) se saiu muito bem, mas, no segundo turno, que participação vai haver ou como as oposições vão votar é difícil saber.

MV – E o futuro das reformas após a eleição?

Gerdau – Nas ações de competitividade, temos trabalhado com todos os governos. Se eu me colocasse com radicalismo de lado ou de outro, provavelmente passaria muitos anos sem trabalhar. Meu compromisso é com o Brasil, casualmente com um candidato ou outro.

 

Fonte: Jornal do Comércio
Seção: Indústria & Economia
Publicação: 31/10/2022

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